terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Parou

Bom, voltei pra posta um poema do Rafa... espero que não minta e venha me visitar mesmo, tá só na promessa já faz uns dois verões...
Rafael escreve do jeito dele, um poço de fé e um soco na cara.
Abraço amigo.


Parou
Rafael Cittadin


Muito fora da minha percepção do tempo
O relógio corre como uma brisa que voa ao relento
Cores brotam dos grandes andares indivisíveis
Enquanto todos fingem serem criaturas sensíveis

É difícil e normalmente é tão petulante
Ouvir as tentadoras idéias de um ser tão relutante
Ao passo que sordidamente tento frear
Vejo o “tudo” me perguntando: - Sutilmente você parou?

Deus! Como o seu tempo relativo é tão invejoso
Inveja a vida, a beleza, os sonhos e só sacia-se quando beija a morte
E por falar em morte, não é nesse vale que o passado parou?

Perguntas e respostas, caminhos e sentidos. Tanta vida vivendo na morte e
tanta morte no auge da sua verve. O prazer está consumado. Ou melhor,
o verbo está conjugado. Pare! Para aonde? Pa...Parou.

2 comentários:

Diário da Antártida disse...

Olha heim, não sabia desse veio artístico do Rafael, mas to impressionada. Muito bom.

Adri disse...

Adorei, muito bom.