bang bang
Fernando L.S. Martins
Tudo no minuto mais inválido do relógio
O tempo perdido nesse entra e sai de hora e dia
O ano esquecendo de passar, caducando de milênio
E tudo vira tédio em um lugar onde reis emprestam putas
O mudo escutando rádio em uma meia’calçada pós apocalíptica
Mundo de Euclides Algum, dono do bar de ataduras
As ranhuras do vinil ondulado, ecos e passo atrás da porta
A meia noite de um dia passageiro tremendo frio o vácuo
Todo ócio dissolvendo as entrelinhas de contratos antigos
Aspirações e coriza num prato fundo, misturando colírios
Olho de quem viu apagar a luz e não disse nada
Só o último minuto antes do baque e tempestade em copo d’água
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