terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Destinação

Destinação
Willy Roza

Da copa grávida
De verdes alaranjados meandros
Caem os pomos condenados
Com ventres róseos, carnes doces
Sem consciência, só espera
Que a brutalidade do vento
A gravidade
Os projete no vazio, ao solo
Antes mesmo que os pássaros os comam
Que os insetos farejem o açúcar
Talvez antes do tempo, talvez
Floração, frutificação, maturidade
Compassos do destino são
A sombra que me acolhe, puro acaso
O perfume que atrai, só estratégia
São as sementes, não os frutos
A lógica insólita
De todo o ser vivente.

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